Combate às fake news
Mesmo com todos os benefícios que a cadeia produtiva do biodiesel proporciona, o setor não está imune a críticas infundadas e a mentiras espalhadas por quem tem interesses próprios e defende que o Brasil continue a comprar diesel poluente do exterior do que produzir um combustível limpo nacional.
Não há estudos científicos conclusivos que comprovem essas críticas. Pelo contrário, há uma rica literatura técnica, reconhecida por órgãos oficiais, que atestam a altíssima qualidade do biodiesel nacional.
Motores
Caminhões e máquinas agrícolas de diferentes montadoras – além de grupos geradores – operam no Brasil com 100% biodiesel com garantia dos fabricantes e, inclusive, essas companhias defendem seu uso em documentos técnicos.
Se há eventuais problemas é pela manutenção precária ou falta de boas práticas no transporte, no processo de mistura, na armazenagem, na distribuição e no uso do combustível. Cumprir os manuais de boas práticas, orientadas pelos fabricantes de veículos e pela ANP, e tomar os devidos cuidados com o diesel B (diesel fóssil com parcela de biodiesel), são o caminho para evitar problemas.
Borra
Em alguns casos, a presença de glicerídeos em lotes específicos de biodiesel fora das especificações pode ter contribuído para a formação de borra. A presença de água ou combustível com estabilidade inadequada pode causar esse problema. Esses casos são indicativos de má manipulação, falta de drenagem ou ausência de limpeza dos tanques. Ou seja, o problema não está no biodiesel. Antes de existir o biodiesel, os motores que utilizavam diesel fóssil apenas já apresentavam problemas semelhantes de borras, entupimento etc.
Frio
O biodiesel não congela em temperaturas baixas. As especificações do diesel e biodiesel buscam evitar problemas com as baixas temperaturas. Entretanto, em situações mais extremas a parafina no diesel fóssil – que não tem limite ou controle – e as moléculas de éster saturado no biodiesel podem se solidificar. Ainda assim, a partir da recirculação normal do combustível, o motor pode operar sem problemas. A ANP monitora essas características e orienta as distribuidoras de combustíveis a direcionar os produtos menos adequados para o frio às regiões mais quentes, eliminando os riscos desse problema.
Diesel coprocessado
O diesel coprocessado não é biocombustível, de acordo com a própria patente do produto. É um diesel fóssil com traços de óleo vegetal, ou seja, um produto majoritariamente fóssil. Sendo assim, não cumpre os requisitos mínimos para ser enquadrado como biocombustível (biodiesel, diesel verde ou HVO), segundo a comunidade científica e a agência reguladora.