Governo confirma aumento da mistura de biodiesel para 15%
- 25 de junho de 2025

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) confirmou, nesta quarta-feira (25), o aumento da mistura de biodiesel no diesel fóssil para 15%, a partir de 1º de agosto. A decisão foi anunciada durante cerimônia que reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autoridades do governo e lideranças do setor de biocombustíveis.
Na avaliação da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), trata-se de uma medida de Estado, tomada a partir da Lei do Combustível do Futuro, que visa preservar o Brasil de choques externos, fortalecer a segurança energética do país, além de regular os preços de alimentos e melhorar a saúde pública.
“Em meio à tantas incertezas no cenário internacional, que afetam preços e causam instabilidade nos mercados, a decisão do governo brasileiro promove a soberania nacional, ao tempo em que garante a expansão de investimentos na ordem de R$ 200 bilhões”, afirmam os deputados Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da FPBio, e Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), relator do Combustível do Futuro.
Confira as principais declarações ocorridas no evento:
Lula, presidente da República: “Essa reunião tem um significado de uma fotografia do país que nós precisamos construir, se eu fosse ouvir apenas um lado das opiniões públicas nós não teríamos feito o programa do biodiesel, pois na época avisa aumento dos alimentos no mundo e alguns na época culpavam a China e fomos descobrir depois que o problema era o mercado futuro. “
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia: “Com esse ato histórico […] reduzimos a necessidade da importação do diesel. Isso é soberania energética; são medidas da lei do Combustível do Futuro, uma legislação que mostra nossa visão estratégica que potencializa a nossa vocação de paraíso dos biocombustíveis no mundo. Trabalhamos no equilíbrio desenvolvimento econômico com sustentabilidade e, principalmente, com resultados sociais.”
Paulo Teixeira, ministro de Desenvolvimento e Agricultura Familiar: “Estamos dando um passo para uma adição mais limpa de etanol de milho na gasolina e biodiesel no diesel. Estamos dando um passo importante na soberania energética do Brasil ao importarmos menos gasolina e diesel. É, portanto, um passo importante na soberania energética e alimentar do país”.
Arnaldo Jardim, relator do Combustível do Futuro: “No Brasil, se produz com equilíbrio ambiental com e com sustentabilidade; equilíbrio sobre soberania energética e alimentar. Produzir biocombustíveis não prejudica a produção de alimentos e isso é algo que precisamos apresentar de forma clara ao mundo”.
André Nassar, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove): “O biodiesel faz parte de uma cadeia produtiva integrada, que inclui a soja, o farelo e o óleo de soja – cadeia que gera cerca de 2,3 milhões de empregos e possui grande relevância na economia brasileira. Quanto mais aumentamos a produção de biodiesel, maior é a competitividade também na alimentação animal”.
Donizete Tokarski, diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio): “O biodiesel está diretamente ligado à redução do custo da carne e à promoção da saúde pública. Ele fomenta a agricultura familiar e contribui para a diminuição de poluentes. O biodiesel é muito mais do que uma fonte de energia: é uma alavanca para o desenvolvimento sustentável”.
Erasmo Battistella, empresário e diretor do conselho de administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio): “Hoje é um dia de reconhecimento. Nós colocamos o cronograma da mistura do Biodiesel em dia e acreditamos daremos continuidades à construção, juntos, para a implementação do Combustível do Futuro”.
Foto: Claudio Kbene/PR