Inclusão do diesel coprocessado no Combustível do Futuro afetaria imagem do país, diz Alceu Moreira

    14 de abril de 2024

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O presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), Alceu Moreira, afirmou que a Petrobras tenta “pegar carona” no projeto de lei Combustível do Futuro ao defender a inserção do diesel coprocessado, de origem fóssil, no texto.

Segundo ele, permitir a inclusão de um hidrocarboneto em um projeto que incentiva os biocombustíveis afetaria “a imagem do país”.

“Querer pegar carona nos biocombustíveis para colocar o diesel coprocessado não é a imagem que queremos passar para o mundo, tampouco levar à COP 30”, disse o parlamentar, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Alceu afirmou que o texto aprovado pela Câmara, que conta com amplo apoio do governo, dá previsibilidade ao setor e gerará investimentos vultuosos no país.

Ele disse ainda que a produção do diesel coprocessado, feito exclusivamente pela estatal, pode ser endereçado em um projeto distinto no âmbito dos esforços da estatal pela transição energética.

“Aliás, não entendo essa insistência em produzir o diesel S500, cancerígeno, venenoso, quando há outras opções”, disse.

Durante a audiência, representantes do governo destacaram a importância do projeto. Marlon Arraes, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, elogiou o texto aprovado pela Câmara e que os biocombustíveis representam “uma enorme vantagem competitiva para o Brasil”.

Já o diretor de Programa da Secretaria de Reformas do Ministério da Fazenda, Gustavo Henrique Ferreira, apontou que a banda instituída para os mandatos de biodiesel e etanol atenderem às expectativas da pasta. “Nos dá uma flexibilidade importante”, pontuou